Segredos da comunicação
Publicado em 18/09/2010
Como você gostaria de ser percebido durante suas apresentações, reuniões, entrevistas e uma infinidade de outras atividades que exigem o ato de se comunicar bem?
Embora as respostas a essas perguntas possam variar, sabe-se que nossa aparência física, nossos movimentos, gestos, postura, modulação e intensidade de voz e dicção são alguns dos elementos responsáveis pela formação de nossa imagem. A essa modalidade de expressão da linguagem chamamos de comunicação não verbal.
Albert Mehrabian, professor da UCLA (Universidade da Califórnia) e pioneiro da pesquisa da linguagem corporal na década de 1950, apurou que em toda comunicação interpessoal cerca de 7% da mensagem é verbal (influência que exercermos está nas palavras que proferimos), 38% é vocal (incluindo tom de voz, velocidade, volume, inflexões e entonações) e 55 % equivalem à expressão facial e corporal, ou seja, 93% do processo de comunicação estão relacionados à comunicação não verbal. Isso nos faz refletir sobre o impacto da nossa mensagem, ou seja, como as pessoas estão interpretando a nossa mensagem.
Um aspecto interessante em relação ao assunto é que as mulheres têm uma capacidade inata de captar e decifrar os sinais não verbais. Pesquisas de psicólogos da Universidade de Harvard demonstraram que as mulheres são mais atentas para a linguagem corporal do que os homens e que a intuição feminina é particularmente visível em mulheres que já tiveram filhos: nos primeiros anos, a mãe recorre quase que exclusivamente ao canal não verbal.
Além das palavras, existe um mundo infinito de nuances e prismas diferentes que geram energias ou estímulos que são percebidos e recebidos pelo outro, através dos quais a comunicação se processa. Um olhar, um tom de voz um pouco diferente, um franzir de cenho, um levantar de sobrancelhas, podem comunicar muito mais do que está contido em uma mensagem manifestada através das palavras.
O fascinante em relação à comunicação não verbal é que raramente temos consciência de nossa entonação de voz, postura, movimentos e gestos e que muitas vezes eles podem estar contando uma história enquanto as palavras estão contando outra. É importante salientar que em muitos casos, quando suas palavras não estiverem concordando com suas ações, seu ouvinte acreditará em suas ações.
A professora Ruth Campbell, da UCL (University College London), descobriu um “neurônio-espelho” no cérebro que ativa a área responsável pelo reconhecimento de rostos e expressões e provoca imediatamente uma reação de espelhamento. Em outras palavras, quer nos demos conta disso ou não, imitamos automaticamente as expressões que vemos.
Portanto, devemos aprender a prestar mais atenção aos nossos sinais não verbais e a interpretar corretamente a dos outros, passando assim a ter mais controle sobre as situações.
Talvez você não consiga, nem precise dar um abraço em uma pessoa. Mas a forma como fala e olha já faz uma enorme diferença.
Segundo pesquisas, até 90% da primeira impressão das pessoas, são formadas nos quatro primeiros minutos, e que essa avaliação baseia-se, sobretudo em aspectos não verbais, ou seja, toda vez que você fala para uma pessoa ou um público, estará sendo construída uma imagem de você e que essa imagem se deve principalmente a sua comunicação não verbal.
Agora é com você. Procure ter mais consciência da sua comunicação diária e explore todos os aspectos da boa comunicação.
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