
Será que os grandes oradores nascem prontos ou será
possível se tornar um bom orador? Essa é uma pergunta que escuto com muita
frequência nas palestras, workshops e cursos que ministro sobre o tema. Pesquiso
há mais de 16 anos as características dos grandes oradores e afirmo com
convicção que bons oradores não nascem prontos, eles se fazem.
Domínio do assunto, conhecimentos de técnicas de
comunicação verbal e não verbal e muita prática são ingredientes comuns entre
os grandes oradores. Eles também possuem um profundo e sincero respeito por
seus ouvintes, além de se comunicar com as suas esperanças, expectativas e
desejos.
A simplicidade é outra característica bem comum.
Eles transformam informações e ideias complexas em algo bem simples, bem
próximas ao dia a dia dos ouvintes. Através de exemplos, histórias, metáforas, parábolas,
pensamentos e reflexões, envolvem e criam sintonia e proximidade com o público.
Como disse Albert Einstein: “Se você não sabe explicar com simplicidade é
porque não compreendeu bem”.
Sabem que toda brilhante apresentação em público é
composta de uma introdução impactante, um bom desenvolvimento e uma conclusão
marcante. Mas antes mesmo de iniciar a sua fala,
utilizam a simpatia, generosidade e carisma, para começar o processo de
conquista. Quando começam de fato a falar, a introdução é criativa, envolvente
e muitas vezes surpreendente. Já a conclusão é o coroamento, instante em que fazem
os ouvintes refletir ou agir de acordo com as suas propostas. Sendo o bom
planejamento um aspecto que os diferencia, sempre se preparando muito bem para
as suas apresentações. Eles têm consciência
de que as introduções e conclusões são grandes trunfos, não medindo esforços
para explorar muito bem as duas partes.
Os bons oradores também utilizam bem a sua voz.
Sabem que não existe nada pior do que uma voz monótona. Por isso, alternam a
velocidade e o volume da sua voz, utilizam bem as pausas, as inflexões e as
entonações, para que os ouvintes tenham uma interpretação do sentimento
transmitido pelas palavras.
São estudiosos dos assuntos que abordam e eternos
aprendizes. Sabem que o conhecimento é à base de uma boa comunicação, mas que
só ele não é o bastante para se conseguir êxito em suas explanações. O
conhecimento deve ser compartilhado de
maneira clara e objetiva, sendo indispensável utilizar uma linguagem
adequada ao tipo de público que os escuta.
Estão atentos também aos
pequenos detalhes: gesticulação, postura, olhar e todos os outros aspectos da
comunicação não verbal. Sabem que qualquer técnica só terá êxito nas mãos
daqueles que a utiliza com espontaneidade.
Mas um aspecto que faz
toda diferença nas apresentações desses grandes comunicadores é sem dúvida
nenhuma o entusiasmo com que eles apresentam as suas ideias.
Entusiasmo pelo compromisso com o que dizem, demonstrando sempre interesse e
envolvimento pelos assuntos abordados. Sem disposição, energia e emoção por parte de
quem fala, dificilmente os que ouvem serão despertado na sua atenção, interesse
e envolvimento.
Quando utilizam recursos visuais, utilizam com bom
senso para enriquecer e facilitar o acompanhamento do raciocínio, além de
destacar as informações importantes, possibilitando assim a lembrança do
assunto por tempo mais prolongado. Todas as imagens, citações, vídeos e sons
são artifícios utilizados para tornar as mensagens mais claras, além de em
algumas situações sensibilizar e emocionar.
Os grandes oradores sabem que a capacidade de se
comunicar bem é um fator determinante atualmente para o sucesso pessoal e
profissional, além de ser uma habilidade aprendida, desenvolvida e explorada
durante toda a vida.